sábado, agosto 25, 2007

écoute dans le vent

Quantos mortos precisa fazer um canhão
Até esquecermos a sua voz ?
...
Quantos choros precisa o homem feliz ouvir,
Até despertar o seu coração?
...
Quantos mares deve cruzar a Pomba
Até vivermos em paz?
..
Ouve, meu amigo
Ouve o vento,
Ouve a resposta no vento
Ouve, a resposta está no vento


Ai estas pesquisas de fim de semana fazem-me mal à alma.. :(

segunda-feira, agosto 20, 2007

Simpsons Lie Detector

Tradução:
Trata-se dum simples detector de mentiras, vou-lhe fazer algumas perguntas, limite-se a dizer a verdade respondendo, ‘sim’ ou ‘não’.
-Entendeu?
-Sim
-Puummm !!
:)))

sexta-feira, agosto 17, 2007

Campismo


Tal como 90% dos pais deste país, fui’ informada’ pela minha filhota de que pretendia acampar para poder assistir ao festival Super Bock em Sagres, tentei dissuadí-la como tenho feito noutros anos, alegando que ela não estaria preparada para viver mais que 2 horas seguidas naquelas condições.
Mas não só foi, como também lhe fiz a mochila e dei boleia...

Mãe atenta, fui telefonando e recebendo notícias.
Poucas horas depois de deixá-la, já tinha arranjado quarto e restaurante.

Montar tenda , comer e dormir fora!? Ora, eis uma modalidade de campismo à qual adiro com todo o gosto ! ;)

terça-feira, agosto 07, 2007

NÔTTERRE VÔATÛRRE

Um dia destes, um blog amigo fazia alusão ao ‘carrão de emigrante para vizinho ver’.
Filha de emigrante que sou (ou fui) e por me lembrar da epopeia que foi a nossa primeira vinda a Portugal em 1966 (ou 1967 não tenho bem a certeza), senti necessidade de justificar a importância dum carro que permita fazer 3 ou 4000km com um mínimo de condições. Filho de família modesta, casado com filha de família com pedigree mas falida, o meu pai não conformado com a ideia de aceitar as 'cunhas' do sogro resolveu procurar melhor vida em terras africanas, não gostou, voltou.
Um ano depois de eu nascer escolheu terras gaulesas para tentar melhor sorte, gostou e passados 2 anos levava a família para junto dele, tinha eu 3 anitos.
2 anos mais tarde, lá comprou o ‘brinquedo’, um SIMCA 1000 azul cueca, que nos permitiu rumar ao sul felizes e contentes.
Quando chegava aos 100km/h tremia todo, quase se desmanchava, aquecia o motor acendendo uma luz vermelha que nos obrigava a parar de 100 em 100 km para arrefecer o motor.
A minha mãe ia dando as instrucções quanto ao caminho a seguir, o meu pai parava em tudo o que era sítio para descansar ou visitar, a minha irmã vomitava, vomitava, a minha gata teve os filhotes pelo caminho, eu comia e dormia.
Ao fim de 5-6 dias chegámos a terras lusas, depois do carro ser minuciosamente inspeccionado na fronteira (até os sacos de toalhas vomitadas da minha irmã foram rigorosamente revistados), furado um pneu e rebentado outro nas estradas ainda em construção.
Não me lembro de voltar a Portugal naquele carro, imagino que o meu pai tenha chegado à conclusão de que não podia desperdiçar 15 dias de férias em viagens em prol do orçamento.

Tinha 5 ou 6 anos, mas lembro de tudo e hoje posso dizer:

Ó Marius e outros que têm ideia que emigrante vem pavonear o seu carro ,

bem

se vê que nunca fizeram a viagem num SIMCA 1000 Azul cueca!! :P

sábado, agosto 04, 2007

Cocktail de pensamentos

Depois do silêncio, talvez me apetecesse desabafar e tecer algumas considerações acerca dos pontos que me foram marcando ao longo deste verão, tais como:

- O que explica o aumento de afluência aos supermercados nos meses de verão, se 80% das mulheres anda a fazer dieta?

- O que vai na cabeça dos condutores que se fixam na faixa do meio ou até da esquerda da AE a 90 km hora,… e dos que aceleram até aos 200?

- Por que ainda não consegui comprar, em 2007, um melão ou melancia que não saiba a pepino?

- Por que, passados mais de 10 anos sobre o ‘novo código’, a maioria dos condutores ainda não sabe quem tem prioridade nas rotundas?

- Como se convence um português de que precisa urgentemente de móveis montados por ele próprio a ponto de ir para uma fila de milhares de pessoas à espera da abertura da loja, para depois carregar um kit que levará horas sem fim a decifrar? Anda tudo apanhado do clima?... ou viciado em filas??

- Como será possível no século 21 existirem touradas?

- Morte aos Talibans! O mundo não precisa de pseudoanimaismutantes.
- Como se arquiva em 2 tempos um inquérito a um determinado diploma? (Talvez seja prudente não explicitar mais…)

- Como uma simples série de TV pode literalmente transformar uma praia.

- Como se tornam lugares ‘in’ e ‘out’?

Mas como estamos em época de férias, não é altura para questionar.
Que tal aceitar que tudo é relativo?

O Barco pode ser grande ou pequeno, conforme o olhar e os pontos de referência :)